RENÚNCIA


Não renuncio
Não quero uma paz disfarçada
Não quero uma tranquilidade temporária
Meus sonhos não ficaram podres dentro de mim
Eu vou até o fim
Não desejo infestar-me com a decepção
Com a covardia de um derrotado
Que desiste sem  ter lutado
Não quero encher os outros
Com meus lamentos cruéis
Isso vai chegar a mim
Meus lamentos vão me adoecer
Eu quero me combater
Quero lutar pelo que sonhei
Os sonhos morrem
Já mortos eles apodrecem
Adoecem-nos
Desejo de morte
Eu quero combater
Eu quero lutar
Mesmo sem vencer
Isso me fará viver
Não vou deixar o sonho morrer
Sua morte levaria à minha morte
Sem sonho não ha vida
Não há um norte!
Não renuncio a vida
Não renuncio ao sonhos
É covardia abandoná-los à própria sorte
A vida não vai passar à minha revelia
Eu seguirei os sonhos que tracei
Eu viverei, eu lutarei.


Rosiane Alves

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