Loucura ou lucidez?

Me perguntaram o que escolher entre a loucura e a lucidez?
Me perdi nos meus pensamentos, e depois acredito que me encontrei:
Ora, como poderei não me render aos prazeres da loucura?
Viver na vastidão do universo
Tendo as estrelas, a via láctea, a natureza,
Como fiéis companheiras.
E na jornada: ser livre
Aprender a ouvir estrelas
A enxergar o luzir dos pássaros
O caminhar das águas
O navegar das estradas
Conviver com a alma do homem
Em sintonia com o mundo
Em uma orquestra de fundo
Eu, louca, tendo o privilégio de ser gente, de ser o que quiser, de viver como tiver vontade, aceitar ser diferente.
Aceitar e querer o amor
Ter tempo para ver o tempo passar;
Na loucura de viver o inverso do mundo real.
Como poderia não abrir mão da lucidez?
Um mundo onde a bondade se fez mau;
Onde não há espaço nem tempo para o amor;
Onde se compra afeto;
Onde se negocia valores;
Onde a mentira é uma respeitável verdade;
Onde o dinheiro dita regras,
Que os homens robôs obedecem;
Onde não se enxerga as estrelas,
Se devasta a natureza
Onde ser o que se é está escondidinho atrás do que tem que ser;
Onde se acumula quase tudo;
Onde não se completa com nada;
Onde está escassa a empatia e a sinceridade;
Onde a aparência é fundamental;
Onde não se está disposto a perder e ganhar é sempre a opção, a qualquer custo.
Onde vale tudo para ter, e ninguém vale nada.
Se me perguntas o que escolho entre a loucura e a lucidez?
E eu vos direi: a loucura, só os loucos conseguem entender que o valor da vida é o amor.
Rosiane Alves

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