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Mostrando postagens de junho, 2020

SE HOUVESSE TEMPO

Se houvesse tempo: Eu faria de novo Eu beijaria teus lábios Olharia nos teus olhos Te aconchegaria no meu abraço   Se houvesse tempo: Eu te daria o novo O melhor sentimento do meu coração As minhas melhores e mais fortes emoções Te daria minha verdade, que sempre esteve ao teu dispor   Se houvesse tempo: Eu faria tudo outra vez Com perfeição e disposição Não aguardaria o tempo do melhor tempo chegar Para te amar   Se houvesse tempo: Eu não aguardaria o melhor momento Eu viveria cada segundo, mergulhando fundo Descobrindo a beleza de ser Ao teu lado, com teu sorriso, com teu jeito leve Com você   Se houvesse tempo: Eu saberia que o tempo é ligeiro Se comporta como um forasteiro Que não é de lugar nenhum Não espera por ninguém E sai levando tudo que encontra   Se houvesse tempo: eu queria assistir ele passar na plateia vendo o desfilar de amores, de encontros e de paixões sem medo de me atingir sem medo de me maltr

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Saudações, queridos leitores e seguidores da minha arte... Sou alguém que tem as palavras como companheira desde a infância e me apresento de forma transparente através de meus versos e escritos. Durante toda a minha vida, enquanto existe um coração pulsando em meu peito, as palavras me acompanham, pois elas são a razão dessa minha existência. Apesar de escrever há muito tempo, só agora, entrei por inteiro nesse episódio de minha vida, dedicando além de muitas horas de escrita e leitura, um tempo para expor as palavras que brotam na essência do meu ser. Falo isso porque estou prestes a publicar meu primeiro livro, me tornar uma escritora de maneira formal, o que para mim é um sonho realizado. Confesso que estou um pouco triste, pois pela pessoa calorosa que sou, apaixonada por sorrisos, olhares e abraços, me vi obrigada a realizar esse sonho de forma fria, na tela de um celular, não pude viver o que mais amo: gente, olhares e suas respectivas almas. A pandemia levou de mim a oportunida

Final

Estou tão preso ao final Que esqueci do início Vacilei no caminho, no meio, vacilarei ao final É necessário caminhar   Não se chega ao final sem trilhar Sem começo e meio não tem fim É necessário o caminho, substanciar. Um final sem início e meio é vazio   No caminho descobrimos o valor Valorizar o final é saber trilhar o caminho O meio é a base para o final, e o início do meio   Um final tem por base o bem trilhar Sem presa para chegar Andando divagar, desfrutando o caminhar. Rosiane Alves

AZULAR

Vê? Olha para cima, graciosa luz! Ele tem magnetismos, traz otimismo. É lindo e tem um belo azular Vê? Ele sempre é azul. Banco, negro e cinza é camuflar.   Ergue a cabeça incandescida, abre os teus olhos Esquece-te de tudo, nova visão, é o azular Louvar apenas com teu olhar A transcrição da sagrada majestade, ali estar   Ele é imensidão, lar celestial Calmo, manso sublime Vasto campo do azular genial   Antigo, experiente, resiste ao tempo. Entrega o mesmo azul para brilhar Ele namora e na linha do horizonte se entrega ao mar Rosiane Alves

ACEITAÇÃO

Aceita a tua condição Imperfeito, vulnerável, mas em evolução Tem muito que não podemos mudar Outros tantos que temos que aceitar Aceitação é cura para alma Libertação da dor A bondade fecha feridas Cicatrizadas pelo amor Não tenha no ódio e na magoa, a sua vida consumida Muita coisa é como é Não é dado o saber Segue teu passo, Deixa a humildade aparecer faz bondade, isso é paz o bem chama o bem não importa para quem cura tua alma, você tem esse poder busca por ele na essência do teu ser o amor e a caridade ame a si e ao próximo a verdade e a bondade esses são os poderes que leva a felicidade. Rosiane Alves

Tempos difíceis

Tempos de solidão  Chato e solitário  Aperto no coração  Vontade de ver o mundo Sentir o mundo  Andar por entre gente Querendo ouvir barulho Descobrindo o valor do toque, para quem sente Vida indo, passando pela janela silenciosa Sem histórias vividas, sem amizades coloridas Sem festa, sem nada Ela passa depressa Sem escrever a vida Deixando aberta a ferida Do que fomos, do que somos Do que seremos  Só deixando uma certeza  Nada sabemos Sobre a vida, sobre o tempo Sobre nós. Rosiane Alves 

Amor

O que é o amor?  É se perder ou se encontrar? É não ter fim ou encontrar um começo? É ter um par ou ser inteiro? É viver sem limite ou descobrir um limite? É não ter medo de nada ou ter medo de tudo? É ser imaturo ou tornar-se seguro? É tudo ou nada? É ardente e corrente; É ferida que não se sente;  É contente sendo descontente; É dor que se sente mesmo sem doer. É se perder no querer sem querer; É ser solitário mesmo tendo gente; É nunca ou sempre está contente na mente; É ganhar mesmo quando tudo tende ao perder. É ser preso por própria  vontade; É ser feliz quando vencido; É perder e ser feliz;  É servir ao próprio vencedor; É não ter noção; É esquecer da razão;  É tudo e nada; Sem fórmula, sem modelo Sem conceito. O amor é a contradição. O amor é toque que aquece.  E título que enobrece. É vida que faz pulsar o coração.  O amor é amor, E não tem conceito nem solução. Rosiane Alves 

PANDEMIA

no meio da pandemia:  passei pelas ruas, não vi nada que estava acostumado não vi o trânsito congestionado, não vi o estresse dos passantes, não vi a poluição. no meio da pandemia: vi alguns poucos homens mascarados, outros, também mascarados, preocupados, vi sorrisos através dos olhos,  confesso, senti falta até do que não vivi, do bom dia que deixei de dar, do sorriso que deixei de corresponder, do tempo que deixei de ter tempo, a vida que deixei de compartilhar, a vida que vivi sem viver. no meio da pandemia: vi o medo, na cidade, estampando. passei devagarinho, apreciando, como nunca fiz, descobri o quanto era cego, antes dela chegar. minha alma não morreu por um triz,  sobrevivi para renascer, mesmo vendo outro morrer.   no meio da pandemia: acredito que também morri, aquele velho eu, se foi vivi meu luto, entre os meus. no meio da pandemia:  vi pássaros entoando uma linda melodia, que no incio, o "eu" agora morto,  agonizando seu último suspiro não conseguia ver a belez