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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

RESOLVI CONFESSAR

Resolvi confessar o que a minha alma escreve, São as vivas faíscas de uma chama acesa, E dali, um límpido cristal, em fusão, derretia, Rosas, violetas, margaridas e jasmim floriam. Resolvi confessar o que senti, era leve Para certificar o que em silêncio vivia, Era a forma mas convertida, atrevida que um pensar fazia Do sentir vibrar que a esperança do amanhã sonhava Esperava umas juras de amor, delirava, Fazia brotar no peito cada frase de efeito Enlouquecia na lucidez do que esperava. Viver esse amor guardado no peito Em sigilo buscava piedade, apenas um momento Um olhar, uma palavra já me davam contentamento Rosiane Alves

Silêncio

O silêncio e suas faces, de cara lavada à toda maquiada o silêncio e seus segredos, que fala o que vai na alma às vezes acalma e em outras agitam silêncio, pode ser o fim, pode ser o começo  é uma voz abafada  no olhar, no gesto, no pensar silêncio e os segredos  tão íntimos, tão amantes  silêncio para o observar para se enxergar silêncio para perceber. Rosiane Alves

Queria merecer para ter

Tudo aquilo que quiseres Não queira apenas receber, Perde o valor Perde a grandeza, Tudo que quiseres Queira merecer Ser digno para tê-las Porque assim terá o valor, não apenas da conquista, não apenas do possuir. Mas, sobretudo,  terá a glória da luta terá a grandeza do merecer terá o orgulho estampado no ser. Rosiane Alves

NOSSO FIM

Das lembranças alegres do teu sorriso, só ficou o doido pranto Triste solitário como a bruma Tudo em mim é melancolia Das vivencias suaves do dia a dia Só ficou o peso da rotina Na jornada solitária, coletiva e unitária Tudo em mim é contradição Desse fim repetindo que maltrata meu coração Ficou a ideia do que poderia ser Se tivéssemos tentado, insistido em querer Do teu adeus ficou o espanto Fez da gota, tempestade A sentença de um amor fraco, fez meu pranto Rosiane Alves

LACUNAS

Das lacunas que ficaram do nosso amor as promessas descumpridas; E os momentos preenchidos com ilusão foi o que mais feriu, caí vencida Na verdade foram tantos erros Que ofuscaram os acertos nos perdemos de nós, por medo Encontramos outros e tantos nós Abandonamos nosso amor à própria sorte, com essa atitude o sentenciamos à morte É triste e lamentável essa hora Nosso "para sempre" se transformou Em "nossos pêsames" de um amor idealizado As paixões do corpo, consomem e a alma devora Rosiane Alves

GOLPE CERTEIRO

Nós, depois de tantos enganos, tanta juras e declarações. Ressurge o abandono de outrora Que nos acompanhou por longa prova. Tantas vezes estivemos lado a lado, com os olhos repletos de compreensão, nos perdemos, entre sentimento atribulado com plano singulares, vazios, sem emoção me sinto um pouco bicho, atitudes conduzidas pela carne, Golpe certeiro que sangrou nosso amor até a morte. Me sinto vencido pela luxúria, Perdido nas minhas decisões sem veto, Sepultando um amor que jurei eterno. Rosiane Alves

Muda o rumo

Perde tempo não, Corre e ascende a sua luz, Invejar a luz alheia, Apenas te reduz, Ofusca teu brilho, Faz o teu melhor, Vai com teu talento, Brilha, você pode tudo, Você é único, Tua singularidade é o toque que falta, Só assim o sucesso salta. Rosiane Alves          

Faxina interior

Dia de faxina. Descobri, que dentro de mim, Tenho tanta coisa guardada, O que me serve resolvi usar. O restante descartei. Nem sei mais porque as guardei, Tirei tanta mágoa, dor e ódio. Que abrir um espaço enorme para nova aquisição Quero preencher esse espaço com amor, paz, harmonia, gratidão e perdão.  Rosiane Alves

Viva plenamente

Vida vivida plenamente, isso que é vida, verdade veemente   O que se leva da vida foi o que se viveu Sem vergonha de ser aprendiz, inexperiente, menino feliz Certamente com muito a melhorar, aprender e crescer Como toda aprendizagem deve ser A vida tem que ser mais do que a batida de um coração A vida te convida na aurora da manhã e renova o convite no crepúsculo da noite Para viver a beleza de ser o que se é, Todos os dias segue a vida há presentear os viventes com o seu ciclo espetaculoso Belezas raras, arte e natureza a amenizar os sofrimentos Superar os desafios é fabuloso Se prender a dor é tortura, não se vive de lamentos Não queira da vida além do que ela pode lhe dar:  O divino Mistério do viver Queira viver o sopro de vida todos os dias Acorde, levante e sorria, descubra a magia oculta do estar, fazer parte e ser Não espere uma acolhida sem o auto acolher-se Acredite viver é uma atitude repleta de amor Sobretudo, do amor próprio Se permit

TERMINAL DA VIDA

Vejo a vida indo Vai perdendo o brilho Vai ganhando um novo tom Ela vai percorrendo uma nova trilha Muitas vezes encontrado outros rumos Outras se perdendo Encontrado outros caminhos Entrando e saindo de becos sem saída Novas formas de ver o velho horizonte Outras vezes elas simplesmente Está indo Caminha em direção ao fim Ela se afasta de mim Vejo que cada dia ela vai Dispenso-me do que fui Sei que, de agora para frente, Será nova. Eu sei onde o velho me levou Quero novas formas de pensar Quero saber do amor Quero saber do tempo Quero sentir o frescor do vento Eu quero ter tempo para nada fazer Eu quero apenas ser Se houver outro caminho Quero apenas renascer Quero aprender a pensar Quero saber calar Quero não machucar Quero entender aqueles que me fizerem sofrer Quero perdoar Porque nada do que fiz conta agora. Só o que ficou foi o que eu queria fazer Que tenha tempo Para recomeçar Se não tiver Carrego comigo

RENÚNCIA

Não renuncio Não quero uma paz disfarçada Não quero uma tranquilidade temporária Meus sonhos não ficaram podres dentro de mim Eu vou até o fim Não desejo infestar-me com a decepção Com a covardia de um derrotado Que desiste sem   ter lutado Não quero encher os outros Com meus lamentos cruéis Isso vai chegar a mim Meus lamentos vão me adoecer Eu quero me combater Quero lutar pelo que sonhei Os sonhos morrem Já mortos eles apodrecem Adoecem-nos Desejo de morte Eu quero combater Eu quero lutar Mesmo sem vencer Isso me fará viver Não vou deixar o sonho morrer Sua morte levaria à minha morte Sem sonho não ha vida Não há um norte! Não renuncio a vida Não renuncio ao sonhos É covardia abandoná-los à própria sorte A vida não vai passar à minha revelia Eu seguirei os sonhos que tracei Eu viverei, eu lutarei. Rosiane Alves

SONHO

Negamos o novo Por ser único Sonhamos um caminho Traçamos a trajetória Negativa   e abandono o mesmo do mesmo Desistir antes de começar O costume do óbvio Só o único pode ser extraordinário E todos têm a oportunidade de ser Seres únicos Antes do outro entender A compreensão vem do que se é Salvar os sonhos Ser o herói Ser generoso Sem um futuro tenebroso Matar os sonhos? Não. Isso é doloroso Morre a cada dia Aquele que desiste de sonhar o sonho precisa brilhar Essa é a razão dele existir Quando morre ele pode renascer Ele é fênix O sonho ilumina o ser Salva e leva para o rumo Afastado da dor O sonho pode salvar o mundo Aproximará do amor. Sonhar é continuar vivo É confiar , é amar E sentir a própria essência Desisti é covardia Tentar é   vencer Mergulhe fundo No mar de sonhos De seu ser Rosiane Alves

VIVA

Não é o fim do mundo não seja egoísta todo mundo sofre isso faz parte o tempo é o remédio chore, mas não se afogue grite, fale, não se cale a pior forma de viver é morrer em vida é viver no tanto faz viva até o último suspiro que pode ser a qualquer momento esse não é o pior pensamento é um alerta a vida está ai, e a todo tempo flerta viva sem vergonha sem limites, sem poréns mais vida para os seus dias ROSIANE ALVES

PARA

Para se enxerga você não é o reflexo do outro, você precisa se encher de si, se conhecer, se descobrir, perceber as suas deficiências, as suas virtudes, preencher as suas carências, não espere que o outro faça o que nem você consegue fazer consigo mesmo para poder receber do outro o melhor que ele pode oferecer você precisa dá o seu melhor pois é dando que se recebe sugando a energia alheia você apenas se amarra na solidão escute as suas necessidades elas falam com o coração. Rosiane Alves

ALÉM DA VIDA

Além O amor vai além Além de prazeres, além de quereres Além da vontade Atravessa oceanos, rios e mares Além das distâncias, das inconstâncias Se enterrado nas profundezas da terra Ele resiste, é imortal O amor voa por muitos ares Mas sempre volta, à tudo sobrevive O amor é luz Espécie de Vera Cruz Porto seguro de piratas O amor vai além do céu Da terra, do ar e do mar O amor é o encontro com o divino É o estremecer em um toque É o calar com o olhar É perder o norte com uma lembrança É o renascer da esperança Além da vida, o amor É o levitar do corpo Encontro com a beleza O deus da alma Leve e suave nobreza O amor conduz a vida Vai além de um conjunto, em perfeita sintonia Além da vida Amor é mistério e magia. ROSIANE ALVES

DECLARAÇÃO DE AMOR

No meu caminho? És a luz No meu mar, meu navegar? És o porto, minha vera cruz No meu desespero? És o sossego Da minha dor? És o remédio Na minha solidão? És a companhia Na minha angústia? És a calmaria, doce alegria Do meu desejo? És o prazer Do meu pranto? És a resposta Do meu verso? És a rima Da minha espera? És a chegada na minha vida? És a outra parte Meu complemento Meu par   ideal Meu amor, minha paz. ROSIANE ALVES

DESPEDIDA DO AMOR PLATÔNICO

Vou partir Deixo tudo que nunca tive Nosso verso que nunca escrevi Serenatas que nunca toquei, mas sonhei Deixo nosso tudo que no nada se fez Vou partir Um pouco vazio, como sempre fui Imaginando um futuro que nunca chegou Levo a visão do teu olhar, sem me notar As palavras que nunca ouvi de ti Levo o toque de tuas mãos que nunca senti Levo teu cheio, esse de longe eu conheço Cheirosa imaginação Delírios de um amor sonhado Vou partir Talvez de onde eu nunca estive Cansei de amar por dois Quero pertencer a alguém Quero um coração para chamar de lar Amar alguém que me ame também Quero amor em retribuição Quero me dedicar e sentir a dedicação Vou partir Preciso pensar em mim. ROSIANE ALVES

REGISTROS FEMININOS

Se palmilhasse vagamente o tempo: Nas estradas pedregosas do passado, era a coragem; nas estradas cinzentas do presente, é a resistência; nas estradas enigmas do futuro, é a esperança. Há registros femininos: no sino rouco da capela, quase sempre oculto, pouco aparente, mas sempre existentes. Há registros femininos: na figura sensual, na companheira recatada, no símbolo de prazer e satisfação, nos arroubos das paixões, nos comandos e nas importantes decisões. Há registros femininos: na voz quase sempre    escondida, tolhida,    masculinizada, abandonada, mas sempre imprescindívelmente utilizada. Na candura e na bravura do colo da mãe, na sensibilidade da alma, naquelas que doam seus ventres para parir o mundo em um ato de amor, naquelas que no desespero acalmam, acalentam e acolhem. Nelas que permitem subordinar-se, sendo o centro do comando, que sabem pausar, engolir a seco a ingratidão. Nelas que como Fénix renascem a cada desilusão, reconstroem, remontam, desmontam como